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13 curiosidades sobre a doação de medula óssea

A doação de medula óssea pode beneficiar o tratamento e a vida de diversos pacientes em tratamento de câncer e de outros tipos de doenças relacionadas.

Além disso, o doador ideal (irmão compatível) só está disponível em cerca de 25% das famílias brasileiras – para 75% dos pacientes é necessário identificar um doador alternativo a partir dos registros de doadores voluntários, bancos públicos de sangue de cordão umbilical ou familiares parcialmente compatíveis (haploidênticos).

Confira abaixo as curiosidades que separamos sobre a doação de medula óssea:

  1. O que é medula óssea? É um tecido líquido-gelatinoso que ocupa o interior dos ossos, sendo conhecido popularmente por “tutano”. Na medula óssea são produzidos os componentes do sangue: as hemácias (glóbulos vermelhos), os leucócitos (glóbulos brancos) e as plaquetas.
  2. Quando é necessário o transplante de medula óssea? Em doenças do sangue como a anemia aplástica grave, outras anemias adquiridas ou congênitas, e na maioria dos tipos de leucemias, como a mieloide aguda, mieloide crônica e a linfóide aguda. O transplante pode ser indicado para tratamento de um conjunto de cerca de 80 doenças, incluindo casos de mieloma múltiplo, linfomas e doenças autoimunes.
  3. Como será a doação, no caso de eu ser compatível com algum paciente? Antes da doação, você fará um exame clínico para confirmar o seu bom estado de saúde. Não há exigência quanto à mudança de hábitos de vida, trabalho ou alimentação. A doação é feita por meio de um procedimento no centro cirúrgico, sob anestesia geral ou peridural, de aproximadamente 90 minutos, em que são realizadas de 4 a 8 punções com agulhas nos ossos da bacia, para que seja aspirada parte da medula. Retira-se um volume de medula em torno de 15 ml por quilo de peso doador, podendo chegar até 20 ml por quilo. Esta retirada não causa qualquer comprometimento à sua saúde e você recebe alta no dia seguinte à doação. Há um outro método de doação chamado coleta por aférese. Nesse caso, o doador faz uso de uma medicação por cinco dias com o objetivo de aumentar o número de células-tronco circulantes no seu sangue. Após esse período, a pessoa faz a doação por meio de uma máquina de aférese, que colhe o sangue da veia do doador, separa as células-tronco e devolve os elementos do sangue que não são necessários para o paciente. Não há necessidade de internação nem de anestesia, sendo todos os procedimentos feitos pela veia. A decisão sobre o tipo de doação é exclusivamente dos médicos.
  4. Vou precisar tomar anestesia para fazer a doação? Como a doação é um procedimento que pode apresentar desconforto e dor, é necessária anestesia. Na maior parte das vezes é usada anestesia geral. Em poucos casos, anestesia peridural. Mesmo assim, o doador recebe alta em 24hs.
  5. Quanto tempo medula leva para se recompor? Por volta de 15 dias após a doação, a medula óssea estará inteiramente recuperada.
  6. Há riscos para o doador? Os riscos são poucos e relacionados a um procedimento que necessita de anestesia. O relato médico de problemas graves ocorridos a doadores durante e após a doação é raro e limitado às intercorrências controláveis. Por este motivo, o estado físico do doador é checado anteriormente, só se habilitando ao procedimento de doação os que têm boas condições de saúde. Em alguns casos é relatada pequena dor no local da punção, dor de cabeça e cansaço.
  7. O que é compatibilidade? Para realizar um transplante de medula é necessário que haja compatibilidade entre doador e receptor. Caso contrário, a medula será rejeitada. Esta compatibilidade é determinada por um conjunto de genes. A combinação de genes do doador e do paciente deve ser idêntica (100%) ou muito próxima do ideal (90%). A análise é realizada em testes laboratoriais específicos, a partir das amostras de sangue do doador e receptor, chamados de exames de histocompatibilidade (HLA).
  8. Quais as chances de encontrar um doador compatível de medula óssea? Em função das características genéticas do sistema HLA, esta chance é de 30% entre irmãos e muito menor quando buscado doadores fora da família do paciente. Por este motivo, existem os Registros de Doadores Voluntários em diferentes países, totalizando mais de 33 milhões de doadores no mundo. O Redome é, hoje, o terceiro maior registro e representa, para os pacientes brasileiros, a maior chance de encontrar um doador.
  9. Posso doar medula mais de uma vez? Sim. A medula se recompõe em 15 dias e você pode realizar uma nova doação, sem nenhum prejuízo à sua saúde. Em geral, recomenda-se que uma segunda doação ocorra somente após seis meses da primeira e, de preferência, utilizando um método de coleta distinto.
  10. Como os pacientes recebem a medula óssea? Depois de um tratamento que destrói sua própria medula óssea com quimioterapia e/ou radioterapia, o paciente receberá a nova medula por meio de uma transfusão. Em três semanas, a medula transplantada já estará produzindo células novas. Confira mais sobre o transplante de medula óssea aqui.
  11. O que a população pode fazer para ajudar os pacientes? É preciso ter entre 18 e 55 anos de idade, estar em bom estado de saúde, não ter nenhuma doença infecciosa transmissível pelo sangue (como infecção pelo HIV ou hepatite) e não apresentar história de doenças com câncer, lúpus eritematoso sistêmico e artrite reumatoide.
  12. Como se faz o cadastro de doador? Para o cadastramento, o doador deve apresentar um documento original de identidade e preencher um formulário com suas informações pessoais. Além disso, será necessária a coleta de uma amostra de sangue para testes de tipificação HLA – fundamental para a compatibilidade do transplante. Estes dados serão incluídos no Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (Redome) e, sempre que surgir um novo paciente a compatibilidade será verificada. Uma vez confirmada, o doador será consultado para decidir quanto à doação.
  13. O que é o Redome? O Redome é o Registro de Doadores Voluntários de Medula Óssea, responsável pela manutenção das informações de todos os doadores voluntários de medula óssea cadastrados no Brasil e pela identificação de possíveis doadores para pacientes brasileiros. Esta atividade está sob coordenação do INCA. Para maiores informações, acesse http://redome.inca.gov.br/

O transplante de medula óssea é um procedimento seguro, realizado em ambiente cirúrgico, feito sob anestesia geral, e requer internação de, no mínimo, 24 horas.

Mas afinal, onde é Feito o Cadastro de Doador?

É possível se cadastrar como doador voluntário de medula óssea nos hemocentros localizados em todos os estados do país. No Rio de Janeiro, além do Hospital Pedro Ernesto, o INCA também faz a coleta de sangue e o cadastramento de doadores voluntários de medula óssea, de segunda a sexta-feira, de 8h às 14h30. Não é necessário agendamento. Para mais informações, ligue para (21) 3207-1580 ou clique aqui para conferir o hemocentro mais próximo de você.

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Outras formas de ajudar os pacientes do INCA

A missão do INCAvoluntário é contribuir para a melhoria da qualidade de vida dos pacientes do INCA e seus acompanhantes, promovendo e apoiando atividades de inclusão social e o resgate da cidadania.

No entanto, a maioria das pessoas que chega ao INCA está fragilizada por causa da doença e pode ficar com a autoestima baixa ao longo do tratamento. Além de oferecerem apoio, por meio da escuta, os voluntários estão sempre atentos às necessidades dos pacientes. 

Faça parte das iniciativas do INCAvoluntário e contribua com os projetos desenvolvidos em prol do pacientes do INCA. Clique aqui e veja como apoiar.

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