INCAvoluntário celebra o Dia Internacional do Voluntário e conta histórias inspiradoras de voluntárias do programa
No Dia Internacional do Voluntário, celebrado em todo o mundo em 5 de dezembro, destacamos o fenômeno notável do crescimento do voluntariado, especialmente após os desafios impostos pela pandemia global. Ao longo dos últimos anos, testemunhamos uma notável expansão do número de pessoas dispostas a doar seu tempo e habilidades para causas diversas, revelando uma face luminosa da sociedade em tempos de adversidade. A pandemia de COVID-19 trouxe consigo desafios sem precedentes, mas também despertou um senso coletivo de solidariedade. À medida que comunidades ao redor do mundo enfrentaram dificuldades, muitos indivíduos sentiram um chamado para agir. O número de voluntários cresceu substancialmente, com pessoas de todas as idades e origens respondendo ao apelo para ajudar aqueles mais impactados.
Um desses casos foi o da Silvana Barbosa, de 46 anos, que entrou no INCAvoluntário no auge da pandemia do covid-19. Quando questionada do porque se arriscar em um período tão cheio de dúvidas, Silvana não hesitou em dizer. ”Alguém precisava fazer a parte difícil”. Já sendo voluntária em outra organização anteriormente, Silvana contou também que ser voluntária sempre fez parte de quem ela é, e que hoje ela se encontra realizada e satisfeita com o trabalho que faz na Central de Atendimento ao Paciente do INCAvoluntário. Sobre a época da pandemia em 2019, Silvana contou:
”Foi um período difícil, muitas vezes os familiares choravam de medo, tinham muita insegurança, e aí tínhamos que dar o nosso melhor para expressar nossa simpatia sem o toque, o abraço, o aconchego, através de uma máscara… Mas, acho que fizemos um bom trabalho, as atividades, por mais que tenham diminuído, não pararam, os pacientes precisaram daquela bolsa de alimentos, precisam continuar com o tratamento, por isso vi que meu trabalho não era muito diferente, mesmo fora de um hospital , eu estava me fazendo pelo paciente que mais precisa”, declarou Silvana.
Além dos benefícios evidentes para as comunidades atendidas, o voluntariado tem mostrado ter um impacto significativo no crescimento pessoal dos voluntários. Aqueles que se dedicam a causas altruístas relatam uma sensação de propósito mais forte, maior satisfação na vida e uma compreensão mais profunda das questões sociais. O voluntariado não só fortalece os laços comunitários, mas também contribui para o desenvolvimento de habilidades valiosas. Muitos voluntários adquirem experiência prática em áreas como liderança, resolução de problemas e colaboração, habilidades que não apenas enriquecem suas vidas pessoais, mas também podem impulsionar suas carreiras profissionais, e além disso, algo em comum que todos os voluntários do INCAvoluntário compartilham, é o sentimento que estão recebendo algo muito mais valioso do que estão oferecendo.
Gabriela Vaz Moreira, voluntária da recreação infantil, conhecida pelas crianças como ”tia Gabi” é um desses exemplos. Gabriela é advogada e decidiu tirar o pouco tempo que tinha livre, para se dedicar aos pacientes pediátricos do INCA. ”Sempre foi uma luta que me tocou muito, é muito importante para mim, sou muito ligada as crianças”, disse Gabi. A voluntária também contou que seu pai faleceu de câncer, mas disse que sua aproximação com o tema não vem por conta disso. ”Meu pai faleceu quando eu era mais nova, meu envolvimento com o voluntariado veio bem depois, não sei se foi algo inconsciente também, mas sempre senti muita empatia pelas pessoas que enfrentam essa doença, e também pelos familiares delas”, contou a voluntária Gabi.
Tanto Gabriela quanto Silvana, são exemplos de empatia, força e compaixão. Duas mulheres que tem um compromisso inabalável para com os pacientes do INCA e o serviço voluntário, dedicadas a comparecer todas as semanas, durante quatro horas ou ás vezes até mais, no caso de Silvana, sem receber nenhuma remuneração financeira por isso, mas, como as duas declararam, elas recebem algo muito mais valioso do que dinheiro quando oferecem a atenção e acolhimento aos pacientes adultos ou infantis.
À medida que olhamos para o futuro, é encorajador notar que o espírito de solidariedade continua a prosperar. O Dia Internacional do Voluntário não é apenas uma celebração anual, mas um lembrete constante de que, mesmo nas situações mais desafiadoras, a humanidade pode se unir para construir um mundo melhor. Em um mundo que muitas vezes destaca as divisões, o voluntariado emerge como um poderoso agente de transformação, capaz de criar conexões mais profundas e fortalecer a resiliência das comunidades. Que o exemplo desses voluntários inspire outros a se juntarem a essa jornada de crescimento pessoal e impacto positivo no mundo.
Saiba mais sobre o trabalho voluntário
O trabalho voluntário no Instituto começou por causa da solidariedade e dedicação de inúmeras pessoas. A Área de Ações Voluntárias do INCA surgiu, e continuou crescendo, ao longo dos últimos 20 anos. O comprometimento que os voluntários do INCAvoluntário tem para o seu trabalho, é o que move as ações que são feitas dentro e fora do hospital, e o que possibilita que a Área continue ajudando cada vez mais os pacientes oncológicos em tratamento no Instituto. Quando alguém se propõe a ser voluntário, além de estar acreditando na causa, que é lutar pela melhoria de vida e trajetória do tratamento do paciente em vulnerabilidade social, também está tornando possível que o programa se expanda e alcance cada vez mais pacientes do Instituto Nacional de Câncer (INCA).
Quer ser um voluntário com a gente?
O trabalho voluntário existe dentro do INCA mesmo antes de ter um nome formalizado, por meados dos anos de 1950 já haviam pessoas que iam até o hospital de forma espontânea para auxiliar nas atividades em prol dos pacientes. Há vinte anos, o INCAvoluntário formaliza essas ações, expandindo cada vez mais as áreas que os voluntários atuam. Para entender melhor quais são essas áreas e como ser voluntário do INCA, é só acessar aqui.
