A importância do uso do protetor solar para a prevenção do câncer de pele
No Brasil, o câncer de pele é uma preocupação crescente e uma realidade que demanda atenção especial, especialmente durante o período de verão. Caracterizado por um crescimento anormal de células na pele, este tipo de câncer figura como o mais comum no país, destacando a importância de medidas preventivas e cuidados extras diante da exposição intensa ao sol. A relação direta entre a radiação solar e o desenvolvimento do câncer de pele torna crucial a conscientização da população sobre a necessidade de proteção solar adequada, o uso de roupas apropriadas e a busca por sombra, a fim de minimizar os riscos associados a esta enfermidade. Nesse contexto, durante o período de verão, quando a exposição solar é mais intensa, a promoção de práticas saudáveis e o entendimento dos sinais de alerta são fundamentais para preservar a saúde da pele e prevenir o avanço desse tipo de câncer, que, embora comum, pode ser evitado com medidas simples e conscientes.
Diante dessa importante questão e buscando ampliar a compreensão sobre o câncer de pele e dissipar equívocos que frequentemente permeiam o senso comum, o INCAvoluntário procurou o Dr. Dolival Lobão, chefe do setor de dermatologia do Instituto Nacional de Câncer (INCA). A entrevista com o Dr. Lobão não apenas visou esclarecer as dúvidas mais comuns que envolvem esse tema sensível, mas também desmitificar algumas falácias que costumam cercar assuntos de grande relevância para a saúde pública. Neste diálogo esclarecedor, o Dr. Dolival Lobão compartilhou insights valiosos sobre as práticas de prevenção, sintomas a serem observados, e abordou mitos comuns que podem comprometer a adoção de medidas preventivas eficazes. O INCAvoluntário enfatiza a importância fundamental de dissipar informações incorretas e promover um entendimento embasado sobre o câncer de pele, permitindo que a população esteja bem informada e, consequentemente, apta a adotar comportamentos saudáveis no cotidiano, especialmente durante o período de verão, quando a exposição solar se intensifica.
Confira na integra a entrevista com o Dr. Dolival Lobão
- Quais são os sinais que necessitam de atenção e podem indicar um câncer de pele?
Resposta: Qualquer ferimento que surja na pele e que demore mais de quinze dias para cicatrizar, é uma lesão suspeita de câncer de pele. Ou aquelas pintas que mudam a coloração ou o tamanho ao longo do tempo. São sintomas que devem ser investigados.
- Por que a exposição solar em excesso pode aumentar o risco de câncer de pele?
Resposta: Por que os raios ultravioletas, emitidos pelo sol, penetram na pele e causam um dano no DNA dessas células da pele.
- Além da exposição solar, existe algum outro fator de risco?
Resposta: Sem dúvida alguma, o principal fator de risco para o câncer de pele é a exposição excessiva ao sol sem proteção. Existem alguns outros fatores, mas são muito raros e acabam não tento relevância se não for em casos isolados.
- Qualquer protetor solar protege contra os riscos de câncer de pele?
Resposta: Qualquer protetor solar a partir do fator de proteção 15, já protege, mas devido a má espalhação do produto e contato com a água, o que diminui a eficácia, nós médicos recomendamos os de fator 30.
- Além do protetor solar, quais as outras medidas eficazes para prevenir esse tipo de câncer?
Resposta: Tudo que estiver no sentido de fugir do sol, vale a pena. Atualmente nós disponibilizamos blusas, conhecidas como UV. Line, que formam uma barreira mecânica contra os raios solares e vale a pena ser utilizada.
- Pessoas de pele negra também precisam usar protetor solar?
Resposta: A pele negra tem um protetor solar natural, chamado melanina, o que quer dizer que, quanto mais retinta for essa pele, mais proteção ela tem naturalmente, portanto algumas pessoas não tem essa necessidade.
- Preciso usar protetor em dias nublados?
Resposta: Sim, há necessidade de ser utilizado porque em determinados horários do dia, os raios solares estão mais fortes e penetram as nuvens e chegam até a pele. Logicamente sem a mesma intensidade de quando não há essas nuvens, mas ainda atravessam.
- Qual a diferença entre câncer de pele não melanoma e melanoma?
Resposta: Didaticamente, a medicina divide o câncer de pele em não melanoma e melanoma. O câncer de pele melanoma é aquele mais agressivo, o tumor que provoca metástase e portanto, pode levar o paciente a óbito. Já o câncer de pele não melanoma ele não produz metástase, portanto não leva o paciente a óbito, porém causa grandes danos no local onde ele se inicia. E como mais comumente ele ocorre em região de cabeça e pescoço, você pode ter destruição de estruturas nobres, como nariz, olho ou a boca.
O Instituto Nacional de Câncer (INCA), adverte que o câncer de pele não melanoma é o mais comum e corresponde há 30% dos câncer malignos. Dentro do site oficial do INCA há artigos e folhetos que buscam informar a população sobre os sintomas desse câncer, informando sobre prevenção e diagnóstico precoce. Essa reportagem tem o intuito de informar e esclarecer dúvidas sobre câncer de pele para a população geral, o INCAvoluntário não tem nenhuma intenção de substituir uma consulta médica, já dita como muito necessária pelo médico entrevistado em qualquer sinal de anomalia. Não esqueça do protetor solar!