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Dia Nacional de Combate ao Fumo no INCA

O Tabagismo e os Riscos para a Gestação e o Bebê

No Dia Nacional de Combate ao Fumo de 2024, o Instituto Nacional de Câncer (INCA) trouxe à luz uma questão de extrema relevância: os riscos do tabagismo durante a gestação. Com o objetivo de conscientizar a sociedade sobre os perigos que o cigarro representa para as gestantes e seus bebês, o INCA reforçou que fumar durante a gravidez pode resultar em sérios danos à saúde fetal, como baixo peso ao nascer, malformações congênitas e até a morte súbita do recém-nascido.

O Dr. Roberto Gil, médico e Diretor Geral do INCA, alerta para a gravidade da situação: “O tabaco e todos os seus derivados é um produto que causa extrema dependência desde o inicio do uso, com um alto nível de mortalidade. Dentro de um quadro geral no Brasil, cerca de um milhão de pessoas morrem de doenças decorrentes do uso do cigarro, e expor uma pessoa que não nasceu ainda a esses perigos de dependência são ainda maiores. Estudos confirmam isso, que quando gestantes fumam durante a gestação, as crianças tendem a ter mais aceitação ao cheiro do cigarro, e podem ser estimuladas a começar o uso ainda mais cedo”, declarou o Diretor Geral durante o evento.

Impactos do Tabagismo na Gestação

Especialistas alertam que a exposição ao tabaco durante a gestação é uma das principais causas evitáveis de complicações neonatais. As substâncias tóxicas presentes no cigarro, como a nicotina, o monóxido de carbono e o alcatrão, são altamente prejudiciais ao desenvolvimento do feto. Essas substâncias atravessam a placenta e interferem no crescimento intrauterino, além de aumentar significativamente o risco de natimortalidade e de desenvolver a Síndrome da Morte Súbita Infantil (SMSI). O impacto do tabagismo vai além do período gestacional, podendo também afetar a saúde da criança a longo prazo, com maiores chances de desenvolver problemas respiratórios crônicos e distúrbios comportamentais.

Retomada da Política de Aumento de Preços dos Cigarros

Em resposta a essa preocupação crescente, o governo brasileiro decidiu retomar a política de aumento dos preços dos cigarros em 2024. Estudos realizados em diversos países demonstram que essa é uma das medidas mais eficazes para desestimular o consumo de tabaco, especialmente entre populações mais vulneráveis, como as gestantes. O aumento dos preços torna o cigarro menos acessível, desencorajando o início do hábito entre jovens e ajudando fumantes a considerarem a cessação. Contudo, essa política por si só pode não ser suficiente para combater o problema de forma abrangente.

Apesar das campanhas de conscientização e das políticas de controle do tabaco, o número de mulheres que fumam durante a gravidez está em ascensão. Dados recentes do INCA indicam um aumento preocupante no percentual de gestantes fumantes, o que sugere que as mensagens sobre os riscos do tabagismo na gestação não estão alcançando efetivamente essa população. O estresse, a falta de suporte social e psicológico, além da forte dependência química causada pela nicotina, são fatores que contribuem para essa realidade alarmante.

Desafios e Necessidade de Abordagem Multidisciplinar

O INCA enxerga o combate ao tabagismo durante a gestação como uma questão que exige uma abordagem multidisciplinar. Para enfrentar esse desafio, não basta apenas implementar políticas de aumento de preços dos cigarros. É necessário que haja uma articulação entre diferentes áreas do conhecimento e setores da sociedade. Equipes médicas, incluindo obstetras, psicólogos, assistentes sociais e enfermeiros, trabalham em conjunto para oferecer um suporte integral às gestantes fumantes. Esses profissionais não apenas atuam no aconselhamento sobre os riscos do tabagismo, mas também no acompanhamento contínuo das gestantes, oferecendo estratégias de cessação que considerem as necessidades individuais.

Políticas Públicas e Colaboração com a Saúde

O papel das políticas públicas é fundamental nesse contexto. O INCA destaca a importância de que essas políticas sejam implementadas em sinergia com o trabalho das equipes de saúde. Programas de saúde pública que integram o aumento de preços dos cigarros com campanhas educativas e acesso a serviços de saúde específicos para gestantes têm mostrado ser mais eficazes na redução do consumo de tabaco. Essa colaboração entre a área da saúde e as políticas governamentais visa criar um ambiente de apoio que incentive a cessação do tabagismo, protegendo tanto a saúde das mães quanto a dos bebês.

O compromisso do INCA e dos profissionais de saúde é claro: reduzir o consumo de cigarros durante a gestação é uma prioridade que demanda esforços coordenados e contínuos. Somente através dessa abordagem integrada será possível alcançar resultados significativos e duradouros na proteção das futuras gerações.

O Papel dos Voluntários no Acolhimento aos Pacientes

O INCAvoluntário desempenha um papel vital no atendimento dos pacientes em tratamento no INCA. Os voluntários atuam diretamente no suporte emocional, ajudando pacientes a lidar com a ansiedade e o estresse que muitas vezes acompanham durante todo o tratamento oncológico, podendo gerar gatilhos que os façam a recorrer ao tabaco. Através de atividades de acolhimento, escuta ativa e apoio durante o tratamento, esses voluntários contribuem para criar um ambiente de confiança e segurança, fortalecendo a jornada desses pacientes em um tratamento mais estável. Conheça sobre o trabalho voluntário do INCA.

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