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O diagnóstico de câncer não é uma sentença, é um processo

Conheça a história de três pacientes do INCA que mostraram sua força perante o diagnóstico de câncer

O diagnóstico de câncer de mama transforma a vida de qualquer mulher, mas para muitas, o enfrentamento da doença também é uma jornada de autoconhecimento, resiliência e esperança. No INCA, histórias como as de Damiana, Eliana e Deyla mostram que, com apoio emocional e cuidados médicos, o câncer pode ser superado. Além das histórias de força, o Outubro Rosa traz à tona a importância da prevenção, do diagnóstico precoce e de cuidados específicos para a saúde feminina.

A Coragem de Damiana Silva, Superação com Força e Esperança

IMG_4280-1024x768 O diagnóstico de câncer não é uma sentença, é um processo

Damiana Silva descobriu uma lesão no colo do útero há 15 anos, enquanto buscava realizar o sonho de ser mãe. O que deveria ser uma caminhada em direção à maternidade se transformou numa batalha constante contra o câncer. Ela enfrentou diversos procedimentos, incluindo a ionização e, mais tarde, uma histerectomia. Mesmo com a reincidência da doença, Damiana nunca permitiu que o medo tomasse conta de sua vida.

“O que mata não é a doença, é a palavra. Se você se permite acreditar no negativo, a doença te domina. É preciso carregar força, não o diagnóstico”, diz ela, com uma força que inspira. “Quando a pessoa absorve uma palavra negativa, ela começa a acreditar naquilo. Você pode estar com câncer, mas isso é apenas uma condição momentânea. É importante manter a cabeça boa e lutar contra isso.”

Durante o tratamento, Damiana encontrou conforto em gestos simples de carinho dos voluntários do INCAvoluntário. “Às vezes, um café compartilhado com alguém já melhorava meu dia. Essas pequenas ações me davam ânimo para seguir em frente”, comenta. Ao lado do apoio da família e de sua fé, Damiana manteve firme sua dedicação aos estudos. Hoje, formada em Pedagogia e Educação Especial, ela acredita que, com uma rede de apoio, é possível atravessar a doença e sair mais forte.

A importância do diagnóstico precoce

Assim como Damiana, muitas mulheres enfrentam o diganóstico de câncer do colo do útero, que é o terceiro mais frequente no Brasil. Para combater essa realidade, o INCA reforça a importância do exame de Papanicolau, que detecta lesões pré-cancerosas, e o novo teste de HPV, agora disponível no SUS. O diagnóstico precoce pode salvar vidas, garantindo que o tratamento seja iniciado antes que a doença se espalhe.

Eliana Romano, e a Dança Como Aliada no Tratamento

IMG_4214-1024x768 O diagnóstico de câncer não é uma sentença, é um processo

Eliana Romano iniciou seu tratamento no INCA em 2023, após perceber um líquido anormal no seio. O diagnóstico de câncer de mama veio como um choque, mas ela logo decidiu que enfrentaria a doença da melhor forma possível. “Agora eu tenho que me cuidar e levar a vida da melhor maneira”, afirma. Eliana manteve sua rotina de dança e ginástica, encontrando nessas atividades físicas um alicerce para manter o equilíbrio emocional durante o tratamento.

Além da prática de exercícios, Eliana destaca a importância dos exames regulares, principalmente para quem possui histórico familiar de câncer. “A prevenção salva vidas. Façam seus exames regularmente e não ignorem sintomas, por menores que pareçam”. Para ela, tanto mulheres quanto homens precisam estar atentos, pois o câncer de mama não distingue gênero. “Os voluntários do INCAvoluntário foram incríveis, ofereceram alívio até em conversas simples”, lembra.

A prevenção como aliada

Segundo o Instituto Nacional de Câncer, o diagnóstico de câncer de mama é o mais comum entre as mulheres brasileiras, com cerca de 73 mil novos casos estimados em 2023. A prevenção, portanto, é fundamental. Manter uma rotina de exercícios físicos e uma alimentação balanceada pode reduzir em até 40% as chances de desenvolver a doença. Além disso, o autoexame e a mamografia são ferramentas essenciais para identificar tumores precocemente.

Deyla Queluci, Lutando em Duas Frentes

IMG_4208-768x1024 O diagnóstico de câncer não é uma sentença, é um processo

Deyla Queluci viveu uma realidade dupla ao ser diagnosticada com câncer de mama: além de enfrentar a doença, ela precisava cuidar da mãe acamada. Mesmo diante de tantas adversidades, Deyla manteve-se resiliente. “Eu chorei, mas em nenhum momento tive depressão. Aceitei a situação e fiz tudo o que precisava ser feito”, conta. Ela ressalta que o apoio recebido no INCA foi crucial para sua jornada. “Desde a portaria até o atendimento, você sente o carinho, e isso faz toda a diferença”.

Deyla acredita que o autocuidado é a chave para superar os obstáculos. Sua mensagem para as mulheres é clara: “Façam os exames, pratiquem atividades físicas e cuidem da alimentação. Mas, acima de tudo, mantenham a mente tranquila, pois a luta também é mental”.

O tratamento humanizado e o papel do INCAvoluntário

Assim como Deyla, muitas pacientes enfrentam o câncer com apoio emocional e espiritual. O INCAvoluntário, há 21 anos, proporciona acolhimento e assistência durante o tratamento, oferecendo atividades de inclusão social e suporte em momentos difíceis. Essa humanização no cuidado fortalece a conexão entre pacientes, familiares e a equipe de saúde, tornando o processo de cura menos solitário.

Garantindo a equidade no tratamento

Para reduzir essa disparidade, o INCA destaca a importância de políticas públicas que garantam acesso universal aos exames e tratamentos. A inclusão do teste de HPV no SUS e a ampliação das mamografias são passos importantes, mas é necessário que esses avanços cheguem a todas as mulheres, independentemente de cor ou classe social.

As histórias de Damiana, Eliana e Deyla mostram que, apesar das dificuldades, é possível superar o câncer com força, apoio e cuidado. No entanto, a prevenção e o diagnóstico precoce são os maiores aliados nessa batalha. Neste Outubro Rosa, o INCA reforça o compromisso com a saúde da mulher, promovendo a conscientização e lutando por um sistema de saúde mais justo e acessível para todas.

Em Outubro Usamos Rosa

O Bazar do INCAvoluntário está com uma coleção nova de blusas de Outubro Rosa. Se quiser uma blusa igual as que as pacientes usaram nas fotos, só ir até o endereço, rua washington luís, 35, Centro do Rio. De segunda à sexta, de 10h às 16h. O valor da blusa é 30 reais, e é por meio da captação arrecadada no bazar, que o programa oferece uma rede que faz a diferença na vida de pacientes como Damiana, Eliana e Deyla. Os momentos de acolhimento proporcionados pelos voluntários ajudam a tornar o tratamento menos solitário e carregado de esperança. Saiba outras formas de fazer parte dessa corrente do bem em prol dos pacientes que estão enfrentando o tratamento oncológico.

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